quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Educação Indigena-Teste Seletivo

Teste Seletivo
Área Especifica Educação Indígena
Profª Rose Mary Fernandes Calazans

Prova Didática: O Currículo e a Multiculturalismo na Educação Indígena


Conteúdo: Currículo Multiculturalismo na Educação Indígena.


Objetivo: Demonstrar a importância de compreender a sociedade como constituída de identidades plurais ,com base na diversidade de raças ,gêneros ,classe social ,padrões culturais e lingüísticos .


Segmento: Educação Indígena

Desenvolvimento:


Passos;

1) Breve Historia da Educação Indígena no Brasil.

A legislação brasileira, como discurso que se articula com a conjuntura internacional no diversos âmbitos dos movimentos sociais, entra em nova etapa a partir de 1988, pródiga em representações e recomendações inovadoras com relação às da história colonial, imperial e republicana. A tradição era de pensar o indígena como uma categoria transitória e frágil, a ser protegida e tutelada, com o resguardo do Estado, condenado “ à aculturação espontânea, de forma que sua evolução sócio-econômica se processe a salvo de mudanças. Os direitos educativos e lingüísticos também passam a estar garantidos pelo poder público, no capítulo sobre o Ensino Fundamental, pelo qual “é facultado às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem” (idem, Art.210).Este tratamento plural do educativo e do lingüístico é inserido na lei máxima que regulamenta as políticas para a educação em geral, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Aí, mais detalhadamente, dimensiona-se uma formulação nova do papel do Estado, não apenas na tolerância à diversidade, mas no seu fomento, através de uma ação coordenada de política pública de educação escolar. Para levar a cabo esta grandenças bruscas” (Estatuto do Índio, Lei no 5.371/1967). O próprio Ministério da Educação enuncia idéias e ideais os mais avançados no campo pedagógico, por meio de ação técnica do Comitê Nacional
de Educação Escolar Indígena. Este é uma instância assessora de caráter interinstitucional, composta por diversos setores da sociedade nacional relacionados com a educação indígena, de representação paritária de índios e não-índios, que vem cumprindo papel importante na formulação das diretrizes da política educacional


2-O que diz o PCNs.


No Referencial Curricular Nacional para as Escolas indígenas ,do MEC , sugere –se alguns usos para a língua indígena na escola :
Primeiramente a língua indígena deverá ser a língua de instrução oral do currículo . “Língua de Instrução” utilizada em sala de aula para introduzir conceitos ,dar esclarecimentos e explicações.
Segundo lugar ,a língua indígena deverá ser a língua de instrução escrita predominante naquelas situações que digam respeito aos conhecimentos étnicos.

Na apresentação dos temas transversais, definidos e escolhidos para o trabalho escolar a partir dos critérios de:
a) urgência social;
b) abrangência nacional;
c) possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental;,
d) favorecer a compreensão da realidade e a participação social (Brasil, 1997c, p. 30-1), a questão da pluralidade cultural é, em linhas gerais, assim descrita:


3- A prática pedagógica em relação a Educação Indígena.


Estima-se que existam cerca de 3.000 professores em exercício nas escolas indígenas, 70% deles indígenas. Os cursos que formam professores indígenas em magistério diferenciado atendem atualmente cerca de 30% deste universo de professores. Os demais estão sendo formados por magistério regular, ou encontram-se sem nenhum
tipo de assistência. As práticas curriculares, na preparação de professores e de futuras gerações nos valores de apreciação da diversidade cultural e de desafio a preconceitos ligados a determinantes de gênero, raça, religião, "deficiências", padrões culturais e outros. Fazendo parte do que tem sido conhecido como multiculturalismo, estas preocupações têm se evidenciado, recentemente, nos meios educacionais brasileiros, em artigos, reflexões e eventos que questionam práticas e discursos curriculares homogeoneizadores, buscando pensar em alternativas para se trabalhar o multiculturalismo na pedagogia .
Alguns autores referem-se à crítica cultural permanente dos discursos como a possibilidade dada aos alunos de analisar suas identidades étnicas, criticar mitos sociais que os subjugam, gerar conhecimento baseado na pluralidade de verdades e construir solidariedade em torno dos princípios da liberdade, da prática social e da democracia ativista. Para tal, quatro dimensões da prática pedagógica multicultural são propostas: a construção (que envolve a produção do conhecimento, por parte do aluno, por intermédio de estratégias que o ajudem a buscar, compartilhar e analisar a informação sobre o pluralismo cultural e as desigualdades. relacionou a defesa vivenciada pelos alunos em seu contexto cultural , o ambiente onde as crianças vivem de sua cultura.


4) Formação de professor para atuar na Educação Indígena .

Na perspectiva prática, por sua vez, a formação do professor/a se baseia “na aprendizagem da prática, para a prática e a partir da prática” (p.363), subdividindo-se nos enfoques tradicional e reflexivo. No primeiro, os programas de formação do professor/a ressaltam três aspectos fundamentais:
a) a aquisição, por parte do docente, de uma bagagem cultural de clara;
b) orientação política e social;
c) o desenvolvimento de capacidades de reflexão crítica sobre a prática, para desmascarar as influências ocultas da ideologia dominante e o desenvolvimento de atitudes que requerem o compromisso político do professor/a como intelectual transformador na aula, na escola e no contexto social.
Que o professor indígena participe de política de valorização do desenvolvimento pessoal-profissional , uma vez que pressupõe condições de trabalho propiciadoras de formação contínua.


5) Considerações finais :


O presente plano de trabalho que faz parte da II - fase prova didática do teste seletivo do CEFAPRO , Currículo e multiculturaldade na Educação Indígena . Percebo a prática pedagógica multicultural como uma prática que se constrói discursivamente, por causa de intenções voltadas ao desafio à construção das diferenças e dos preconceitos a ela relacionados, parece ser um caminho central para a concepção de uma formação de professor comprometido. No entanto pretendo me aprofundar mais nos temas que envolva a Educação Indígena.


6) Referencias Bibliográfica ;

Pesquisa Internet -11/12/08 –Universidade do Rio de Janeiro e Universidade federal de Mato Grosso.
Texto ; E agora ,cara pálida ? Educação e povos indígenas 500 anos depois .autora Monte,Nietta Lindernberg
Texto; Multiculturalidade e currículo em : ação:um estudo de caso; autoras Canen,Ana e Oliveira ,Ângela M..de

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